Vamos falar hoje apenas no sentido demonstrado por Jesus. Nós, espíritas, não nos atemos somente nos exemplos e lições textuais do Cristo, mas aprofundamo-nos na busca do seu verdadeiro significado em todos os momentos na vida de Jesus de que temos notícia.
Quando começou seu apostolado? O que relatam os evangelistas é que aos trinta anos de idade deixou a casa da família em Nazaré para passar a conviver em Cafarnaum, às margens do Lago de Genesaré, com rudes pescadores, além de um coletor de impostos, na maior simplicidade, com esses homens de parcos recursos econômicos e intelectuais. O esplendor que se irradiava de sua personalidade, por sua bondade sem limites, ocasionando curas consideradas “milagrosas”, fazia com que aumentasse sempre o número dos que o buscavam e seguiam fascinados por ele. Restringiu, todavia, o grupo de acompanhantes a doze homens, seus discípulos, que paulatinamente foram assimilando seus ensinos.
Seguiu por várias regiões da Galileia, pela Samaria, do entorno do Mar da Galileia (o Lago de Genesaré), Jerusalém e outras cidades, que não passavam de vilarejos na época, trajeto feito a pé, quando aproveitava para transmitir suas lições, secundadas pelas curas produzidas com sua aproximação, imposição de mãos, palavras, etc., todas atribuídas a verdadeiros milagres. Atendia a cada um que o procurava e pedia, evidenciando o sentimento de verdadeiro amor pelos filhos de Deus, indiscriminadamente.
Embora, na época, as mulheres fossem aceitas apenas para servir aos homens e serem necessários mais de 2.000 anos para chegarem à igualdade de direitos, referem as escrituras a cura da sogra de Pedro, a revelação à mulher da Samaria, a conversão de Maria de Magdala e outros episódios da recíproca aceitação de Jesus às mulheres e vice-versa. Em todos os momentos ele mostrou seu carinho e amor pelos simples e humildes, não se deixando magoar pela cegueira dos poderosos, que simplesmente lamentava, conhecendo suas dificuldades futuras para acertar o caminho do bem e da luz.
Mais de 20 séculos se passaram da sua encarnação entre os homens, na Terra, contudo tão poucos de nós aprendemos a cumprir o único mandamento que nos deu: “Amar Deus de toda alma, de todo coração, de todo entendimento e o próximo como a si mesmo”. Por que cumpri-lo é tão difícil? Quando é que o homem vai conseguir se libertar de suas exigências e aceitar os outros e a vida como são?
As pessoas normalmente querem que os demais ajam conforme a sua própria vontade e revoltam-se com as imposições da vida (ou destino, como dizem), parando para pensar na falta que sentem de alguém apenas quando este ente querido desencarna ou se ausenta permanentemente. Aí percebem o amor que sentem por aquela pessoa e o tempo desperdiçado por suas atitudes.
Vamos tentar melhorar e seguir os exemplos de Jesus de Nazaré