Pesquisas do Instituto do Sono apontam que 63% dos brasileiros tem algum problema relacionado ao sono. Distúrbios como insônia, apneia e ronco interferem no descanso e prejudicam o bem-estar físico e mental. A instituição afirma ainda que, no Brasil, existem 40 milhões de pessoas portadoras da apneia, distúrbio que pode levar a problemas cardíacos, como pressão alta e infarto do miocárdio.
Eduardo Landini Lutaif Dolci, otorrinolaringologista, da clínica Dolci Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial e professor Instrutor de ensino do departamento de otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo explica que apneia é quando paramos de respirar 10 segundos ou mais durante o sono da noite. “O diagnóstico é feito pelo exame chamado polissonografia que é realizado em locais próprios e até mesmo em casa”.
Má qualidade do sono, onde a pessoa não consegue ter uma noite completa e reparadora, com dificuldade de permanecer acordado durante o dia, sono quase incontrolável após ao almoço e irritabilidade pela manhã, com falta de concentração são os principais sintomas da doença.
E os tratamentos indicados podem ser cirúrgicos ou clínicos. “Opções são baseadas nas características anatômicas do paciente, resultado da polissonografia com a classificação da severidade da apneia, como grave, moderada ou severa”, explica Eduardo.
As opções de tratamento clínico são para pessoas que não tem alteração anatômica e apresentam quadros leves ou até moderado. “A indicações variam de uso aparelhos para dormir ou um aparelho chamado cepap, que são máscaras que tem fluxo contínuo de ar para serem usadas durante o sono”, comenta Landini.
A maioria tem sobrepeso e a perda de peso é muito importante. Algumas pessoas só reduzindo o seu peso resolvem o problema. Porém, quando as alterações são anatômicas, normalmente são somente resolvidos por cirurgia. Mas é extremamente importante ser avaliado e orientado por um médico para assim, saber o melhor tratamento.
E atenção: existe um grupo mais propício a apneia, entre eles, sedentários, pessoas com sobrepeso, obesidade ou obesidade mórbida e os homens são mais acometidos pela doença. “Os homens são os que mais sofrem com o problema, por conta das características anatômicas, o aumento de peso, maior consumo de álcool, sedentarismo e maior resistência de procurar ajuda médica”, explica o otorrino.
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