Desde Lili (protagonista do filme A garota dinamarquesa) até Caitlyn Jenner (a mais recente transgênera influente na mídia), existe um espaço de tempo cheio de revoluções, debates, teorias e manifestações perante o tema: mudança de sexo. São inúmeros, os trabalhos científicos, artigos e dissertações que se encontram na internet e livros, nos dias de hoje. São encontrados, inclusive, textos que analisam tal manifestação humana ao ver espírita.
De antemão, é de extrema importância ressaltar a divergência entre as divisões biológicas/fisiológicas entre os seres humanos (macho e fêmea) e as manifestações psicológicas e intuições comportamentais por parte da essência do ser (feminino e masculino).
Sendo assim, como qualquer outro dogma divino, é restrito nosso alcance de entendimento perante o tema, mas não nulo; o próprio livro dos espíritos traz três perguntas especificas sobre a orientação sexual dos espíritos, e delas é possível concluir que espíritos se encarnam homens e mulheres porque justamente não têm sexo.
Portanto, a manifestação de traços femininos em um homem ou masculinos em uma mulher, é facilmente justificável pela reencarnação. Assim como experiências de vidas passadas podem acabar influenciando nas escolhas da atual, a própria experiência de mudança de sexo pode ter sido optada como uma forma de evolução do espírito tão eficiente quanto a escolha de uma etnia, nacionalidade, classe social, parentesco etc.
Não é errado permitir que o espírito se manifeste, errado pode ser a forma como se manifesta ou se reage diante, então é sempre muito importante lembrarmos de agir com compaixão sem seletividades -“fazer o bem sem olhar a quem”- lembrando sempre do objetivo maior para que vivemos. Saber lidar com as diferenças nos aproximam cada vez mais da felicidade eterna.
“É a vida do espírito que é eterna; a do corpo é transitória e passageira […]”