Eutanásia significa “boa morte”. Pensamos geralmente porque deixar sofrer se podemos acabar com sofrimento?
Na visão espírita, no que se refere aos Seres Humanos, não se deve fazer essa prática, pois os minutos finais podem significar muito para o espírito, e mudar sua condição espiritual, pois nós, Seres Humanos, temos expiações, que são os regates do passado, e esses momentos podem fazer a diferença. Mas e quanto aos animais?
Sabemos que os animais não tem expiações, não estão sujeitos a lei de ação e reação, mas eles tem provas. O sofrimento pelo qual eles passam servem de provas para eles.
Para pensar melhor sobre a decisão de eutanasiar ou não um animal, devemos recorrer a algumas questões: devemos saber o que é Deus, conhecer as Suas Leis. Sabemos pelo Espiritismo, que Deus é inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, que é Todo justiça e Todo bondade. Encontramos no Evangelho Segundo o Espiritismo, o item “O Homem de bem , que nos diz: O homem de bem , enfim , respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhes são assegurados pelas leis da Natureza , como desejaria que os seus fossem respeitados”.
Sabendo que Deus dá a vida, será que temos direito de intervir? Será que Deus permitiria que uma de suas criaturas sofra além do necessário para sua evolução? Será que Deus não pode no último momento, favorecer um animal pelo “milagre”, como muitas vezes acontece conosco? Os recursos materiais podem acabar, mas será que os recursos espirituais se acabam?
Geralmente, o sofrimento é mais dos tutores que do animal. Se segue orientações do veterinário, da quantia alta que traria a tentativa de um tratamento, mas esquecemos de pensar no animalzinho, que sabe o que o espera . É muito difícil que um tutor fique presente nesses momentos, porque se ficassem, perceberiam o olhar deles e talvez mudassem de ideia. Se esquece de perguntar outras opiniões e tentar tratamentos alternativos.
Tanto na visão espírita, quanto na visão de espíritas conceituados, Todos tem direito a vida, todos tem direito a viver.
Chico Xavier deixou clara sua posição nesse caso a seguir do livro Chico, o amigo dos animais:
– “ Sávio, o doutor disse que é melhor sacrificá-lo… Eu não concordo, mas os diretores da “Comunhão“ ficaram do lado dele. Esconda-se! Não deixe que eles o apanhem … Não venha mais aqui durante o dia. Venha sempre depois das dez horas da noite, que como sempre , eu lhe darei comida … Nesse horário já não haverá mais ninguém, a reunião terá terminado e você não correrá perigo. Se vier durante o dia eles o matarão.”
Herculano Pires nos fala sobre eutanásia em um texto forte chamado “Piedade Assassina”. (Chico pede licença)
“A eutanásia é uma questão de lógica….. Mas se partirmos da premissa de que a morte é apenas o fim de uma existência, nossa piedade será assassina. Uma premissa falsa nos leva a um raciocínio criminoso.”
Devemos nos lembrar que as Leis de Deus são imutáveis, e valem para todas as Suas criaturas. Se Deus dá a vida, só ele tem o direito de tirar. Essa é a lei. Os animais são nossos irmãos menores, filhos de um mesmo Pai, e tem os mesmos direitos que nós.
Como espíritas, devemos nos lembrar das orações. Nesses momentos difíceis, se recorrermos aos amigos do Plano Espiritual, não há dúvidas de que seremos socorridos. Nós e os animais.
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